- Obter link
- X
- Outras aplicações
- Obter link
- X
- Outras aplicações
O texto de hoje é sobre o Atlético de Madrid da época de
2013/2014, comandado na altura pelo ainda treinador do Atlético, Diego Simeone.
A época de 2013/2014 foi marcante na história do clube pois foi nesta época que
a filosofia de jogo de Simeone atingiu o seu expoente máximo – a eficácia de
jogo torna-se mais importante para o resultado final do que a percentagem posse
de bola.
Na altura referida, o Atlético jogava em 4-4-2 com os 4
homens da defesa e do meio campo a jogarem lado a lado. Na frente de ataque os
dois pontas de lança da altura eram Diego Costa e David Villa. Diego Costa era
o homem mais avançado, jogando Villa mais nas suas costas privilegiando as
bolas em profundidade e ganhando muitas vezes as segundas bolas que sobravam
das disputas aéreas que Diego Costa tinha com os defesas centrais da equipa
adversária.
Fig. 1. Equipa titular da época de 2013/2014.
|
No processo ofensivo, o Atlético transformava o seu 4-4-2 em
3-1-4-2 com um dos médios centros da equipa, Tiago ou Gabi, a encostar junto a
Godin ou Miranda. Assim compunha-se o sector defensivo, permitindo a subida dos
laterais para zonas propícias a cruzamentos para a área e onde pudessem dar
largura ao jogo ofensivo uma vez que os médios Turan e Koke procuravam mais
zonas interiores para permitir um jogo mais apoiado por parte de Diego Costa e
de David Villa para existir mais gente na altura dos cruzamentos dos laterais
ou até mesmo de um destes médios. Por seu turno o médio centro que subiu ficava
mais à entrada da área para puder alvejar a baliza adversária ou mesmo para
fazer uma falta o mais longe da sua baliza quando a equipa adversária
recuperasse a bola e tentasse sair para o contra-ataque. Esta falta era usada
para que os seus companheiros do setor mais recuado não tivessem que fazer uma
falta mais perigosa para a sua baliza.
Fig. 2. Processo ofensivo da equipa. |
No processo defensivo a equipa passava a atuar em 4-4-1-1
com David Villa a descer no terreno e a pressionar a saída de bola por parte
dos médios da equipa adversária, obrigando-os muitas vezes a optar por um jogo
mais direto e no sector intermédio Gabi e Tiago passavam a ser autênticos
médios defensivos jogando muito próximos de Godin e Miranda não havendo espaço
entre eles, enquanto Koke e Turan ficavam encarregues de defender as laterais
pois Filipe Luís e Juanfran fechavam “mais dentro” para que não fosse possível
existir um passe entre o lateral e o central por parte da equipa adversária. A
equipa jogava com as linhas muito subidas para pôr os adversários em jogos várias
vezes ao longo do encontro.
Fig. 3. Processo defensivo da equipa.
|
Foi esta a ideia de jogo que levou a equipa do Atlético a
vencer a Liga Espanhola acabando com a hegemonia do Barcelona e do Real Madrid
e a chegar à final da Liga dos Campeões perdendo apenas no prolongamento.
- Obter link
- X
- Outras aplicações
Comentários
Enviar um comentário