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Jogar livre? Mas o que será este jogar livre?
Na cabeça de uma criança de 5 anos, onde estará a sua
liberdade com a bola? Pelo menos para ela, porque para outras crianças pode ser
diferente…
Pois, para esta criança a liberdade consistia em ter uma
bola só para ela e fazer da bola a sua “melhor amiga”. Mas para outra criança,
a liberdade poderá estar em discutir a posse de uma bola com mais 5 ou 6
colegas pelo campo fora, ou até mesmo jogar a bola com os pés e com as mãos.
Como se podem gerir respostas a estes estímulos? Como
podemos satisfazer as necessidades destas vivências durante o treino?
No treino de crianças de tenra idade devem estar presentes
fatores motores/ físicos (capacidade de coordenação motora e agilidade das
crianças), fatores técnicos (tudo o que envolve contacto com a bola e a
relação/ proximidade da criança com a bola), valores morais (além de estarmos a
formar um atleta de futebol, estamos também a formar um Homem), fatores táticos
(não tão fulcrais nesta faixa etária, mas importantes na forma de estar em campo e no desenvolvimento cognitivo
do atleta em relação ao jogo).
Com todo este aglomerado de fatores, temos de saber dar às
crianças uma experiência enriquecedora a nível do desenvolvimento como atleta,
mas também, dar-lhes a alegria que as leva a amar esta modalidade.
Não é fácil para um treinador, dosear estas respostas às
necessidades destes “mini- atletas”. Tem de se saber cativar a atenção dos
miúdos, coisa que é difícil inicialmente, mas com um pouco de rigor e empatia
se consegue obter. É saber dar o “chocolatinho” no momento merecido, saber
“ralhar” mas principalmente corrigir quando algo é feito erradamente. Também é
importante saber não corrigir, mas sim, aceitar quando um miúdo encontra uma
solução própria e aceitável para um obstáculo, mesmo sendo diferente da
solução esperada.
Um treinador tem de saber adaptar-se às circunstâncias e aos
feedback’ s que lhe vão sendo dados. Tem de ter a sua identidade própria, mas
ser um ”camaleão” e adaptar-se ao “fundo” que lhe é apresentado.
Não é fácil, nunca foi… Mas é aliciante!
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