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1-Breve Apresentação.
Pedro Miranda conhecido como
“Batata” no mundo futebolístico é licenciado em Educação Social, foi presidente
fundador do Núcleo de Estudantes de Educação Social e presidente da Associação
de Estudantes da Escola Superior de Educação de Bragança. Fez a sua formação
futebolística na A.D.Flaviense e no G.D.Chaves, enquanto sénior jogou no
Mondinense F.C, Juventude de Pedras Salgadas, C.C.D.Minas de Argozelo, Vidago F.C.
Atualmente representa o G.D.Vilar de Perdizes.
2-Como é o trabalho de guarda-redes nas camadas jovens?
Hoje em dia, não posso falar do que é o
trabalho de guarda redes nas camadas jovens, porque já não estou inserido nesse
meio, mas comparado com o meu tempo de formação acredito que seja bem diferente
em alguns casos, pois cada vez mais existe formação para treinadores de
guarda-redes, as condições também não são as mesmas de há 10 anos atrás, o
futebol em si evoluiu e faz com que os guarda redes hoje em dia sejam parte
integrante do jogo, essa evolução fez com que o guarda redes atual seja
essencial na primeira fase de construção de uma equipa, o guarda-redes de hoje
em dia já não se limita apenas a defender as bolas e a dar uns berros aos
colegas.
3- Fizeste a formação na A.D.Flaviense e no G.D.Chaves, quais foram as
principais diferenças que encontraste?
Estamos a falar de 7/8 atrás, as
diferenças não eram muitas na altura, aliás a única diferença que o Chaves
tinha para a Flaviense naquele ano, era que podíamos jogar num campo relvado.
Porque de resto, tínhamos um treinador, um treinador de guarda redes, um roupeiro e um diretor. Treinar, treinávamos no antigo e mítico Maracanã ou nos topos do municipal.
Essa época que estive no Chaves, é uma época que me deixou um amargo muito grande de boca, pois nunca tinha conseguido ser campeão em nenhum escalão e nesse ano, meu último ano de júnior, a Flaviense e o Chaves juntaram-se e ficamos com uma superequipa e não conseguimos ser campeões por um ponto! Foi um amargo muito grande para muita gente. De resto no Chaves acrescia apenas a possibilidade de poderes treinar com a equipa sénior, coisa que consegui, sendo promovido a terceiro guarda redes da equipa sénior nesse ano, coisa que na Flaviense não teria hipótese.
Porque de resto, tínhamos um treinador, um treinador de guarda redes, um roupeiro e um diretor. Treinar, treinávamos no antigo e mítico Maracanã ou nos topos do municipal.
Essa época que estive no Chaves, é uma época que me deixou um amargo muito grande de boca, pois nunca tinha conseguido ser campeão em nenhum escalão e nesse ano, meu último ano de júnior, a Flaviense e o Chaves juntaram-se e ficamos com uma superequipa e não conseguimos ser campeões por um ponto! Foi um amargo muito grande para muita gente. De resto no Chaves acrescia apenas a possibilidade de poderes treinar com a equipa sénior, coisa que consegui, sendo promovido a terceiro guarda redes da equipa sénior nesse ano, coisa que na Flaviense não teria hipótese.
4-O que sentiste na passagem a sénior e o que faltou para te afirmares?
A passagem a sénior, é sempre um
assunto delicado e complicado e deveria ser trabalhado na formação, coisa que
não é, nem nunca foi. Ou tens a sorte de subires a sénior e teres um grupo de
trabalho espetacular e alguém sempre a puxar por ti, ou então tens de ter um
bom “padrinho” que ande contigo ao colo, se não esquece.
Eu nesse aspeto tive muito azar, calhei num grupo já muito batido, já velho, e eu com 18 anos, sozinho, longe de casa e sem apoio de ninguém não me consegui impor, e desisti .Senti-me completamente sozinho e abandonado, deixei de ter o gosto de jogar a bola, desisti do sonho que todos nós temos em criança muito cedo, senti me completamente abandonado por quem deveria ter estado ao meu lado, quando eu era apenas um miúdo de 18 anos, iludido atrás do sonho de milhões de miúdos.
Eu nesse aspeto tive muito azar, calhei num grupo já muito batido, já velho, e eu com 18 anos, sozinho, longe de casa e sem apoio de ninguém não me consegui impor, e desisti .Senti-me completamente sozinho e abandonado, deixei de ter o gosto de jogar a bola, desisti do sonho que todos nós temos em criança muito cedo, senti me completamente abandonado por quem deveria ter estado ao meu lado, quando eu era apenas um miúdo de 18 anos, iludido atrás do sonho de milhões de miúdos.
Agora se me perguntas se tivesse
sido acompanhado estaria noutro patamar? Não sou hipócrita e sei melhor que
ninguém o meu valor e aí respondia-te que sim. Mas desisti desse sonho, apenas jogo
à bola para poder divertir-me, nem quero pensar em futebol “mais profissional”.
5-Como conciliaste o associativismo com o Futebol?
O associativismo sempre fez parte da minha
vida, sempre foi o meu refúgio, abriu-me imensas portas, sempre gostei de
organizar coisas, ver mobilizações, mostrar trabalho e trabalhar para os
outros. Sempre conciliei o associativismo com o futebol e é fácil, o
associativismo juvenil e estudantil onde estive inserido foi na Escola Secundária
e na Faculdade, onde tinha o dia todo ocupado com as associações e núcleos de
estudantes e ao final do dia ia treinar. Das 18h até às 21/22h era só futebol,
antes disso era associações e aulas. Mas claro que quando havia Queimas e Semanas
do Caloiro e Praxes, isso implicava o dobro do trabalho, muitos gastos e ter de
gerir bem o tempo para poder divertir-me, trabalhar e descansar para os treinos
e jogos.
6- Tiveste uma passagem pelo Minas de Argozelo na Distrital de
Bragança, quais são as diferenças entre a Distrital de Bragança e de Vila Real?
O meu Minas!! A distrital de Bragança
em relação à de Vila real é muito mais fraca, em todos os aspetos. Desde
infraestruturas, qualidade de algumas equipas e jogadores, árbitros, condições
de treinos, em tudo. A nossa distrital acaba por ser mais profissional que a de
Bragança, mais competitiva e com mais qualidade. Mas é tudo boa gente, vás
jogar onde vás, pela equipa que fores, és sempre bem-recebido, acaba o jogo, e
vai tudo junto para os copos. No Minas, foi dos melhores grupos que apanhei,
estávamos sempre juntos em tudo, mas tudo mesmo!
7- Este ano tiveste também uma experiência como treinador dos Juniores
do Flaviense, como foi essa experiência?
Sempre tive curiosidade de saber
como era estar no papel do treinador, tomar decisões, trabalhar uma equipa, dar
treinos. Surgiu a oportunidade de ir para a Flaviense, uma casa que me deu
muito e queria retribuir de alguma forma. Mas não gostei de ser treinador, não
me vejo nesse papel. Mas foi uma experiência para aprender sem dúvida.
8- O que achaste da Distrital de Juniores?
Achei-a muito fraca, uma equipa a passear em
pleno campeonato, com uma equipa recheada de grandes atletas e as outras
equipas apenas a marcar presença.
Não segui os outros campeonatos de formação, mas alguma coisa está errada, chegamos a um campeonato de juniores e apenas uma equipa luta sozinha para ser campeã? Onde está a formação nas restantes equipas que devia de vir de baixo? É algo em que devemos pensar!
Não segui os outros campeonatos de formação, mas alguma coisa está errada, chegamos a um campeonato de juniores e apenas uma equipa luta sozinha para ser campeã? Onde está a formação nas restantes equipas que devia de vir de baixo? É algo em que devemos pensar!
9- Qual o melhor treinador que tiveste? E o melhor treinador de
Guarda-redes?
Tive vários treinadores desde os
iniciados até agora, e não gosto de individualizar, pois cada uma te marca à
sua maneira, todos os treinadores são diferentes, veem o futebol de maneira
diferente, logo trabalham as equipas e os atletas à sua maneira, logo cada um
deixa um pouco de si em ti. Uns mais, outros menos, normal, mas todos eles te
ensinam algo e tu a eles também.
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